Olá.
Estamos mais uma vez aqui para relatarmos mais um dia da trajetória que vivemos em Agosto de 2010.
No dia 21/08/2010 fomos ao cemitério bem cedo, por volta de 7:40h saímos da igreja em um cortejo com destimo ao sepultamento da Rebeca.
Que dia terrível. Ao chegar, me lembro muito bem, quando ví aquela multidão de pessoas que nos acompanharam naquele momento de intensa dor e saudade. Não digo despedida, pois só estava alí o corpinho da minha pequena e inesquesível princesa Rebeca. A minha despedida foi a noite anterior ao seu óbito, alí sim foi minha despedida e eu não sabia. O ultimo beijo, minhas ultimas palavras para ela foram ditas alí naquela madrugada de 19 para 20/08/2010. já contei antes vc pode acompanhar nas postagens anteriores.
Quando o funcionário do cemitério perguntou para mim se já podia levar o caixão e eu autorizei que sim. Que momento difícil de tomar decisões, mas era necessário enterrá-la. Me deu uma agonia ao ver o caixão sendo levado ao sepulcro, me deu uma dor muito forte no tórax e sei que não era coração, parecia estar sendo obstruido todo o acesso de ar aos pulmões, não conseguia sequer engolir água, é realmente inexplicável mas doe muito.
Após o enterro saímos eu e a Samira para buscar a Karol na casa da avó, pois ela não suportou ir para o sepultamento. Era seu aninversário e ela esperara a semana toda para ouvir a Rebeca lhe dar os parabéns, porém, as 9:00h da manhã do dia de seu aninversário sua querida e única irmã já estava na sepultura lacrada. Chegamos em casa tomamos banho, trocamos de roupas e saímos com a Karol para almoçar numa churrascaria. Terminamos o almoço, fomos para o shoping pois era seu aninversário e tínhamos que tentar destraíla. Ela estava completando 12 anos de idade. ela escolheu um celular e eu lhe dei de presente, depois fomos a uma loja de calçados e ela começou a escolher junto com sua mãe algumas sandálias. Esse momento foi muito doloroso para mim, pois nunca saí para nenhum lugar sem levar as duas, Karol e Rebeca. E agora estava alí olhando e só via uma, senti muita falta da Rebeca e novamente senti aquela ância que sentira antes no cemitério, saía da loja ia para o corredor do shoping me sustentando para não desmorunar perante todos, meu desejo era gritar desesperadamente, porém, meu espírito clamava a Deus por misericórdia, por consolo. Voltei para a loja pagamos as sandálias e saímos do shoping.
Quando estava saindo do estacionamento olhei para o retrovisor do carro e só vi a Karol não me aguentei e disse: Filha você gonhou todos esses presentes hoje não porque você está sendo mais amada agora, não. É porque antes tudo que eu comprava pra uma comprava também pra outra e agora eu só tenho você, então todo meu trabalho e todos os meus bens serão seus. Neste instante minha fortaleza desabou pois foi muito doloroso pronunciar estas palavras e eu via a samira e a karol chorando muito enquanto eu falava, não me aguentei e começei a chorar. Eu disse não falem nada por favor me deixem chorar minha filha, eu quero chorar por minha filha. Então me dirigi para a autovia(BR 116) e começei a chorar inconsolado. Eu não gritava, eu simplesmente urrava como um animal que perde sua cria e não tem com que se consolar. Dirigia e chorava e dizia: Deus me ajude, eu quero chorar minha filha só hoje, porém quero chorar tudo que eu puder. E andei, andei,... quando conseguimos nos controlar, tanto eu quanto a samira e a karol, já tinhamos percorrido 50km de estrada. Encontramos uma banquinha na lateral da pista que vendia água de côco e paramos já um pouco aliviados. Lanchamos e retornamos para Fortaleza, já eram por volta das 17h. Chegando em casa a karol ainda recebel alguns presentes de irmão da igreja e amigos da família. Naquela noite por volta de 19h eu conversava com a karol e olhava seus presentes e ela me disse: "Pai esse foi o aninversário que eu ganhei mais presentes em toda minha vida, mas foi o mais triste pois perdi minha irmanzinha". Neste instante eu fiquei sem palavras e só me restou abraçá-la e chorar junto com ala. Meu Deus como é difícil está impotente diante de algumas situações. Como foi triste o aninversário da minha karol, ainda que tenha sido o que mais presentes ela ganhou, não substituem a pessoa amada.
A qieridos irmãos e amigos, já fazem 2meses e nove dias que minha princesa subiu para a glória, mas a saudade só almenta e a dor é tremenda, não se consegui medir. Só sabe do que eu estou falando quem já viveu isto, porém, há um consolo, uma esperança... Que Cristo virá em breve nos buscar para habitar-mos o céu de glória. Em tudo lembro-me da minha filha, tudo se parece com ela. Ainda não consigo digitar as postagens sem chorar e muitas vezes para e choro, choro... depois enxugo as lágrimas e retomo a digitação. Nos perdoe o tempo de espera de uma postagem para outra, as vezes estou muito ocupado e as vezes me recuperando das lembranças que temos postados.
Quero agradecer a Deus pela força que tem nos dado e a todos que tem orado ao Deus do céu por nós, muito obrigado. Por todos que comentam, temos acompanhado todos os comentários e agradecemos aos amigos de todos os lugares que tem acessado o blog e comentado cada postagem. Vou tentar postar algumas cartas da rebeca endereçada a Samira e também algumas tarefas do colégio.
QUE TODA ONRA E TODA GLÓRIA SEJA DADA A JESUS CRISTO O FILHO DE DEUS.
um forte abraço a todos.
joão batista coelho freire
pai da Rebeca da silva coelho
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
29 de outubro de 2010 às 21:16
Queria te dizer muitas coisas João,Samira e karol, mas neste momento só queria poder está perto de vocês pra abraça-los.Pois no momento só consigo chorar e não tenho palavras pra tudo que li.Só rogo a DEUS que sempre te dê muitas forças pra continuar com este blog que nós dar fortalecimento da palavra. Abraços.Como você fala com muito orgulho pai da minha menina pequena (Era assim que a chamava) REBECA DA SILVA COELHO.